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domingo, 21 de outubro de 2012

Logística reversa nas embalagens vazias de agrotóxico


As questões que envolvem a logística empresarial passam a receber maior atenção por parte de práticos e estudiosos, diante da imensa competição que o ambiente de negócio vem proporcionando. Antigamente, os estudos das cadeias logísticas concentravam-se apenas nos processos de logística direta, ou seja, na movimentação de materiais que vão do ponto de origem até o ponto de consumo.
A chamada logística reversa, que consiste em trazer de volta ao ciclo produtivo materiais, embalagens e produtos comercializados, começa a ganhar fôlego entre as empresas na atualidade e a formar um novo mercado para as operadoras logísticas, uma vez que as mercadorias devolvidas oferecem oportunidades para recuperação do valor, bem como economias de custo em potencial.
A logística reversa, envolvendo a destinação final das embalagens vazias de agrotóxicos, é um procedimento complexo, uma vez que requer a definição de uma infra-estrutura logística adequada para lidar com os fluxos de entrada de materiais usados e fluxos de saídas de materiais processados. Exige a participação efetiva de todos os agentes envolvidos na fabricação, comercialização, utilização, licenciamento, fiscalização e monitoramento das atividades relacionadas com o recebimento, separação, armazenamento, processamento e transporte dessas embalagens retornadas.
Obrigatória desde o ano de 2002, as embalagens que antes eram enterradas em valas ou queimadas nas propriedades agrícolas, passaram a ser devolvidas, prática esta que vem crescendo no país. Sem o devido recolhimento, as mesmas são fontes perigosas de poluição ambiental podendo contaminar o lençol freático, o solo e ainda atingir diretamente tanto a saúde humana como animal.
O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias - InpEV, entidade sem fins lucrativos é quem representa a indústria fabricante de produtos fitossanitários que tem como responsabilidade dar a correta destinação final às embalagens vazias destes produtos. O sistema de destinação final funciona como um ciclo que envolve além do InpEV, agricultores, unidades de recebimentos, revendas, indústrias e recicladoras que possuem responsabilidades compartilhadas a serem seguidas no decorrer do processo.
Em menos de três anos de funcionamento, com o auxilio de todos os agentes da cadeia, o sistema vem se tornando um exemplo concreto de compromisso e respeito ao meio ambiente ao propiciar de 2002 a setembro de 2005 a retirada de aproximadamente 40.152 toneladas de embalagens da natureza.
De forma unânime todos os agentes participantes do sistema de destinação das embalagens vazias de agrotóxicos afirmaram que o maior beneficiado com o processo é o meio ambiente, que deixou de receber os resíduos antes deixados pelos produtores.
A tendência em médio prazo é obter a conscientização de um maior número possível de agricultores visando a viabilização do processo, no que refletirá em longo prazo em produtores lidando com o sistema da destinação final das embalagens vazias de agrotóxicos como uma situação comum do seu cotidiano.

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