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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Logística Reversa no WalMart Brasil

01.10.2009

Logística Reversa no Walmart Brasil

Em nove meses, projeto-piloto do Walmart Brasil já evitou que mais de 2.300 mil quilos de óleo fossem despejados no meio ambiente. O produto chega às demais bandeiras da rede no Brasil até o final do ano.

O Walmart Brasil comemora o resultado do projeto de logística reversa do sabão em pedra Marca Própria TopMax, iniciado há nove meses. Até o final do ano o produto chega a todas as 371 lojas do Brasil. Feito com óleo de cozinha que os clientes depositam nas estações de reciclagem das lojas Maxxi, o item já é líder de vendas na categoria, com o menor preço do mercado, e evitou que mais de 2 toneladas de óleo fossem despejados no meio ambiente.

Ele é resultado de mais um programa piloto do Walmart Brasil, cuja essência é incentivar seus clientes a descartarem corretamente o óleo de cozinha usado. Na prateleira das lojas Maxxi, já transformado em barras de 400g e oferecido na marca própria Top Max, o sabão é vendido por um preço de mais de 20% abaixo do preço da marca líder no mercado.

A aceitação do produto é muito positiva. Em doze lojas Maxxi Atacado em que o sabão está sendo oferecido no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, já foram vendidos mais de 10 mil quilos de sabão. Cada item contém 20% de óleo reciclado. A empresa parceira no projeto é a Bertolini, instalada no Vale do Taquari (RS), que fabrica sabão desde 1966, e que há dez anos reúne experiência no uso do óleo de cozinha usado – até mesmo manteiga e nata que não podem mais ser consumidos – na produção do material de limpeza.

“Além de impedirmos que este óleo fosse despejado no meio ambiente, com efeitos bastante danosos, conseguimos que ele fosse reaproveitado na forma de um produto necessário e barato”, diz Julia Pettini – Diretora de Marcas Próprias do Walmart Brasil. “É uma ideia simples, mas que demonstrou ter grande apelo entre os clientes. Nota-se um crescente interesse pelas questões de sustentabilidade”, enfatiza.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Cadeia de Suprimentos Sustentável, um investimento que vale a pena.

Assista o vídeo:

Sustentabilidade na prateleira do supermercado

Sabemos que o desenvolvimento de produtos que podem ser considerados sustentáveis depende de uma cadeia de suprimentos sustentável, e para que isso ocorra é necessária uma integração harmoniosa e colaborativa em toda cadeia. Entretanto a relação com fornecedores deve ser estreitada de maneira que se torne muito mais que uma simples relação comercial, mais do que a relação entre vendas e expedição do fornecedor e compras e armazenagem do cliente. É necessário que o envolvimento ultrapasse estas fronteiras, ele deve transcender até o ponto em que ambos acreditem poder agregar conhecimento e valor um ao outro de modo que se complementem e o ganho seja mutuo e como prega o conceito, sustentável à longo prazo.

Algo que tenho observado nos estudos de caso de desenvolvimento de fornecedores é o fato de que o desenvolvimento parte de um grande cliente para um fornecedor que é menor que ele. Parece-me clara a relação de “dependência” entre o fornecedor (menor) e o cliente (maior) o que, em tese, facilitaria o desenvolvimento do fornecedor. O menor se adéqua ao maior. O fornecedor que aceita ser desenvolvido geralmente aceita o fato em troca de maior exclusividade, segurança e maior fatia das compras. Adequar-se a um determinado cliente pode significar também criar uma maior dependência ainda deste, ou seja, uma grande duvida deve pairar sobre a cabeça do administrador neste momento.

Mas voltando a cadeia de suprimentos sustentável, conforme observamos no vídeo, o cliente obteve acesso a diversos fornecedores, em muitos casos até suas linhas de produção, e de fato obteve sucesso no alinhamento de alguns produtos de acordo com a política de sustentabilidade praticada, neste caso, pela Walmart no Brasil. Podemos observar através dos dados fornecidos, os ganhos obtidos na otimização das cadeias dos produtos apresentados, a redução de custos é facilmente visualizada.

Obviamente para uma rede com milhares de produtos como o Walmart só é possível desenvolver alguns fornecedores, porém o desenvolvimento de fornecedores neste caso parece ter observado os requisitos que estudamos em aula, no que tange a avaliação de fornecedores e consequentemente quais fornecedores desenvolver.

Uma cadeia desenvolvida como podemos observar, pode atribuir valor, diminuir custos, melhorar praticas e desenvolver uma relação fornecedor – cliente, o que reflete em valor agregado perceptível ao consumidor na maioria dos casos. Desenvolver fornecedores e cadeias de suprimento sustentáveis, ótimo negócio para o caixa da empresa, para o consumidor e para o mundo.

Fonte:

Programa Cidades e Soluções

Walmart Sustentabilidade de Ponta a Ponta

sábado, 17 de setembro de 2011

A logística do McDonald's

O post de hoje é sobre a complexa logística de suprimentos do McDonald's no Brasil e a relação de parceria existente entre ele e seu prestador de serviços logísticos a Martin-Brower.

Para começar vou apresentar alguns números do McDonald’s para se ter idéia do tamanho da logística necessária: ele está presente em mais de 118 países com mais de 31 mil restaurantes, onde trabalham 1,6 milhões de funcionários que alimentam diariamente mais de 48 milhões de clientes, só no Brasil são mais de 600 restaurantes do tipo fast food.

O McDonald’s desenvolveu em seus fornecedores uma incrível relação de parceria em que eles são parte do sistema McDonald’s, isto foi mais fácil porque seus fornecedores eram pequenos e cresceram junto com a rede, formando um relacionamento de colaboração e cooperação. Dentro da empresa Martin-Brower no Brasil, por exemplo, os funcionários vêem mais os símbolos do McDonald’s do que os da própria Martin-Brower, isto porque desde a sua chegada no Brasil em 1982 a MB efetua todas as operações logísticas do Mc.

A Martin-Brower é responsável pela Gestão de compras e estoques, atendimento aos restaurantes, armazenagem, distribuição e transporte, transferências a outros centros de distribuição no país, gestão financeira da cadeia, planejamento logístico, planejamento fiscal, serviço de campo e coordenação das operações de abastecimento na cadeia. Para efetuar essas operações, a Martin-Brower, além da estrutura de armazenagem, possui uma frota exclusiva de veículos com palm-tops para fornecer informações sobre a entrega, e uma equipe própria para essa operação, contando com todo um sistema integrado com fornecedores, gerenciando a operação de entrega. Todos os pedidos dos restaurantes são recebidos, processados e automaticamente alimentam o sistema interno da empresa para o abastecimento e a distribuição física aos restaurantes, além de gerar todas as informações necessárias para fornecedores, históricos de venda, estatísticas, apoio a marketing, etc. A Coca-Cola e a Ambev são as únicas que distribuem seus produtos diretamente para os restaurantes.

Só para finalizar gostaria de colocar uma curiosidade, que parece ser uma iniciativa bem legal de logística reversa, o óleo usado para fritar batatas, nuggets e outros alimentos no McDonald’s do Brasil tem sido transformado em biodiesel para abastecer os caminhões da frota da Martin-Brower. O projeto começou com um caminhão, que recolhia óleo de 17 restaurantes para fabricação de biodiesel. Atualmente, o número de restaurantes aumentou para 20 e o teste foi estendido para cinco caminhões. Quatro deles são abastecidos com 100% de óleo de cozinha reciclado, os benefícios podem ser percebidos com a diminuição de CO2 liberados na atmosfera e o descarte consciente do óleo de cozinha.

Referências:

http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/21.pdf

http://www.forumlogistica.net/site/new/artigos/Out06_Kleber_A%20logistica%20enxuta.pdf

http://osambientais.blogspot.com/2011/06/mcdonalds-do-brasil-da-exemplo-de.html

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

LOGÍSTICA APLICADA A TÉCNICAS ARTESANAIS

Hoje vou falar de uma logística diferenciada, onde não são aplicadas entregas tradicionais de matéria-prima, nem linhas de montagem.

O foco é em um designer, com formação em engenharia, gaúcho chamado Hugo França. Seus trabalhos são criados a partir das possibilidades oferecidas pela matéria-prima: árvores centenárias mortas pela ação irresponsável do homem.

O processo de produção das suas peças confunde-se com o conceito do seu trabalho: “a preocupação com o desperdício da madeira e a crença que há possibilidades infinitas de reaproveitamento deste material descartado por não possuir interesse comercial”.

A utilização de resíduos florestais para a produção das peças demanda buscas constantes nas matas da região de Trancoso (BA). Nesses percursos feitos a pé, de jegue, de canoa, Hugo França conta com a ajuda dos indígenas e mateiros da região, além do conhecimento local adquirido de quando morou no litoral sul baiano. Todas as partes das árvores encontradas podem ser utilizadas, desde que não tenham sofridos danos irreversíveis.

A dificuldade de transporte pelo peso da matéria-prima impõe que os primeiros cortes sejam feitos no local onde a árvore foi encontrada. Nas etapas seguintes, a peça tem seu desenho final definido e recebe acabamento no ateliê. Durante todo o processo, as formas e texturas naturais são valorizadas de modo que as esculturas mobiliárias remetam sempre àquela que lhes deu origem: a árvore.

Depois de finalizadas, as peças são enviadas para locais de vendas, para exposições, ou para o cliente, em casos de projetos especiais.


Referência: http://www.hugofranca.com.br/