Hoje vou falar de uma logística diferenciada, onde não são aplicadas entregas tradicionais de matéria-prima, nem linhas de montagem.
O foco é em um designer, com formação em engenharia, gaúcho chamado Hugo França. Seus trabalhos são criados a partir das possibilidades oferecidas pela matéria-prima: árvores centenárias mortas pela ação irresponsável do homem.
O processo de produção das suas peças confunde-se com o conceito do seu trabalho: “a preocupação com o desperdício da madeira e a crença que há possibilidades infinitas de reaproveitamento deste material descartado por não possuir interesse comercial”.
A utilização de resíduos florestais para a produção das peças demanda buscas constantes nas matas da região de Trancoso (BA). Nesses percursos feitos a pé, de jegue, de canoa, Hugo França conta com a ajuda dos indígenas e mateiros da região, além do conhecimento local adquirido de quando morou no litoral sul baiano. Todas as partes das árvores encontradas podem ser utilizadas, desde que não tenham sofridos danos irreversíveis.
A dificuldade de transporte pelo peso da matéria-prima impõe que os primeiros cortes sejam feitos no local onde a árvore foi encontrada. Nas etapas seguintes, a peça tem seu desenho final definido e recebe acabamento no ateliê. Durante todo o processo, as formas e texturas naturais são valorizadas de modo que as esculturas mobiliárias remetam sempre àquela que lhes deu origem: a árvore.
Depois de finalizadas, as peças são enviadas para locais de vendas, para exposições, ou para o cliente, em casos de projetos especiais.
Referência: http://www.hugofranca.com.br/
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