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domingo, 2 de outubro de 2011

A CADEIA DE SUPRIMENTOS DA MARINHA DO BRASIL

A Marinha do Brasil possui um complexo sistema de abastecimento, que é desenvolvido e gerenciado pelo DAbM (Diretoria de Abastecimento da Marinha), localizado no Primeiro Distrito Naval, no Rio de Janeiro. As atividades de abastecimento na Marinha do Brasil e, mais especificamente, o Sistema de Abastecimento da Marinha do Brasil (SAbM), foram moldados a luz da Doutrina de Logística Militar estabelecida pelo Ministério da Defesa. Sua finalidade é servir de base para o planejamento e a execução das atividades logísticas das Forças Armadas. No enfoque da Doutrina de Logística Militar, o abastecimento abrange as funções logísticas de Suprimento, Transporte e Manutenção.

Mas vamos ao que realmente interessa.....

Boa parte das aquisições de suprimentos é centralizada em um único complexo militar, na cidade do Rio de Janeiro, onde se localiza a maior parte dos depósitos primários (depósitos de onde são enviadas, para o resto da corporação, todas as grandes compras de suprimentos da Marinha). Ou seja, são depósitos que armazenam as compras e, posteriormente, distribuem para todos os batalhões abastecidos por esses depósitos.

Este complexo militar é a Base de Abastecimento da Marinha no Rio de Janeiro (BAMRJ). Nela ficam localizados cinco, dos sete depósitos primários da Marinha, que são os de Sobressalentes, o de Material Comum, o de Material de Subsistência, o de Material Eletrônico e o de Fardamento. O restante, Munição e Combustíveis, localizam-se em lugares isolados, em virtude dos cuidados que necessitam.

Na BAMRJ localiza-se também o CCIM (Centro de Controle de Inventários da Marinha) e o COMRJ (Centro de Obtenção do Rio de Janeiro), o CCIM é responsável por todo o gerenciamento dos inventários adquiridos e armazenados nos depósitos, enquanto que o COMRJ é responsável pela compra, através de processo licitatório, dos produtos gerenciados pelo CCIM. Existe ainda, o Depósito Naval, o qual é responsável por toda movimentação entre os depósitos primários e o restante da Marinha.

Curiosidades

Dos sete depósitos primários localizados no Rio de Janeiro, o de Munição e o de Combustíveis são considerados estratégicos pelas forças armadas. Com certeza pelo fator de risco e segurança com que esses materiais devem ser tratados.

Os depósitos de Material Comum e de Subsistência possuem a maior parte do volume movimentado por mês de mercadorias entre a fonte de origem e as Organizações Militares de Consumo.

Obs: Não deve ser fácil alimentar um batalhão, agora imaginem alimentar TODOS os batalhões do país!

A tecnologia da informação também está presente no gerenciamento da cadeia de suprimentos da Marinha, o SINGRA – Sistema de Informações Gerenciais do Abastecimento é o sistema de informação e de gerenciamento de material que se destina a apoiar as fases básicas das funções logísticas Suprimento, Transporte e Manutenção relacionadas ao Abastecimento. O SINGRA atua prevendo e provendo os recursos de informação (regras, informações e tecnologia) necessários ao desempenho das atividades técnicas e gerenciais de Abastecimento, ou seja, possui extrema importância para o funcionamento adequado da cadeia de suprimentos.

Por fim, abaixo temos uma ilustração que representa o sentido do fluxo de produtos dentro da cadeia. O processo inicia por meio dos fornecedores, que entregam os produtos aos centros de distribuição, e em seguida, são distribuídos as Organizações Militares de Consumo (OMC). Essa distribuição final pode ocorrer por diversos meios, dependendo do local de destino, podendo ser por via marítima, rodoviária, hidroviária ou aeroviária.




Referências

GESTÃO ESTRATÉGICA DO ABASTECIMENTO DO PONTO DE VISTA DALOGÍSTICA INTEGRADA: Proposta de um Framework de alinhamento com a estratégia da Diretoria deAbastecimento da Marinha

Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/55469517/27/O-Abastecimento-na-Marinha-do-Brasil

MODELAGEM DA CADEIA LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS DOS MATERIAIS COMUNS E DE SUBSISTÊNCIA DA MARINHA DO BRASIL

Disponível em: http://www.producao.uff.br/conteudo/rpep/volume22003/002relpesq103.htm


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