Segue uma reportagem que achei no Site “Logística
Descomplicada.com”, um assunto muito interessante e pertinente para o momento
que estamos vivendo no Brasil, um Boom
na Economia e uma falta de estrutura para suprir com várias necessidades entre
elas está a falta de investimento na logística, abaixo do texto escrito pelo
Leandro Callegari está uma análise, uma reflexão que eu fiz relativo ao assunto
mencionado.
Gargalo logístico e os desafios da cadeia produtiva
Reportagem escrita por: Leandro
Callegari Coelho
Site: Logística Descomplicada. com
O cenário
econômico positivo no Brasil que provocou o aumento do consumo interno e gerou
novos negócios, principalmente dos últimos anos, se refletiu em avanços
significativos na infraestrutura do País. Os desafios logísticos, pelo
contrário, continuam a exigir do empresariado brasileiro soluções paliativas
para não comprometer a saúde financeira de suas companhias.
O gargalo
atinge empresas de vários segmentos, mas os setores de bebidas é um dos que
mais gastaram com logística no ano passado, segundo a pesquisa Custos
Logísticos 2011, do Instituto de Logística e Supply Chain. Enquanto a média
geral de gastos foi de 8,5% em relação à receita líquida, o setor de bebidas
gastou 12,1%.
As
deficiências da infraestrutura logística brasileira permeiam todos os setores
de transporte. Rodovias, portos e aeroportos sofrem com a falta de
investimento, afetando a demanda e elevando os gastos. De acordo com o Banco
Mundial, o custo da logística no Brasil equivale a 20% do PIB, o dobro dos
países ricos.
O setor
de transporte rodoviário, responsável por 76% da mercadoria que transita no
País, atinge praticamente todos os pontos do território nacional, mas, por
outro lado, é o que apresenta preços de frete mais elevados. Embora ofereça baixos
custos fixos, os variáveis são mais altos, podendo ter alteração de acordo com
questões que estão na esfera pública. Alguns dos exemplos são os valores do
combustível e da manutenção das vias.
Com
apenas 212 mil quilômetros de rodovias pavimentadas – enquanto a China e a
Índia registram 1,5 milhão de quilômetros de estradas cada -, o Brasil possui
um alto custo de conservação de sua frota. Afinal, a qualidade das estradas
afeta diretamente o desempenho do caminhão e influencia no prazo da troca de
peças, realizadas antes do previsto.
E os desafios não se restringem apenas à falta de aportes
em infraestrutura. A carência de um planejamento urbanístico das grandes
cidades também tem impactado o setor. As restrições do tráfego de caminhões nos
principais centros urbanos do País têm forçado as empresas a buscar novas
soluções. Especialmente para companhias, cujos clientes estão no coração dos municípios,
seguir rotas e horários restritos de circulação de veículos exige uma grande
ginástica logística. A compra de caminhões comerciais leves ou alteração do horário
de trabalho são algumas das alternativas, porém implica no pagamento de
adicionais noturnos aos empregados e no aumento das equipes de segurança, além
do custo do período em que o veículo fica parado.
Apesar dos investimentos previstos pelo
governo, as expectativas para o futuro não são tão animadoras. A escassez de
fortíssimas altas no custo de mão de obra e os gargalos de infraestrutura serão
somados aos aumentos de custos provocados pelo preço do óleo diesel, pedágio,
caminhões e do salário dos motoristas e ajudantes.
Com este cenário, o grande prejudicado
será o Brasil, que perde competitividade frente aos países do mundo e encarece
seus produtos com os altos valores logísticos embutidos.
Fonte:http://www.logisticadescomplicada.com/gargalo-logistico-e-os-desafios-da-cadeia-produtiva/
Análise
Como foi
evidenciado na reportagem acima, estamos vivendo um momento de grandes mudanças
e avanços na economia do Brasil, o crescimento da Classe C que constituem
famílias que recebem entre R$1.065,00 até R$4.591,00, o aumento da população,
entre outros fatores estão fazendo com que aumente o consumo de produtos, surgindo
assim desafios na logística, pois esse produto tem que ser entregues para
supermercados, para lojas, para os próprios consumidores finais em tempo hábil,
nas condições certas e com um preço acessível. Porém, para que consiga isto se
faz necessário um alto investimento em infra-estrutura no Brasil, e percebemos
que falta este investimento, pois há grandes deficiências nas demais
modalidades tanto nas Rodovias, como nos Aeroportos e como também nos Portos.
As Rodovias
são a grande saída da maioria dos produtos, pois atingem vários pontos do
Brasil, porém ao mesmo tempo, tem um elevado custo de frete, pois estão
embutidos valor de pedágios que estão cada vez mais altos, que é uma vergonha
para um País que tem poucas vias pavimentas perante aos demais Países, também
tem custo elevado pela conservação da frota, dos caminhões, o preço do
combustível então tudo isto faz com que essa modalidade Logística, umas das
mais utilizadas ainda se torne cara.
Sem contar
outros aspectos que dificultam o uso de rodovias como melhor meio de transitar
com as mercadorias, é o fato das restrições de horários e de vias no centro
urbano, como exemplo temos o que aconteceu com os Caminhões-Tanque que
transportavam gasolina em São Paulo, a Cidade estabeleceu horários e vias que
os caminhões poderiam transitar e isto causou um grande transtorno, fazendo com
que os caminhoneiros fizessem greve, deixando os postos de gasolina sem o
produto, isto mostra como esse meio de transporte faz falta, pois deixou uma
região inteira sem um produto essencial, então o certo seria uma melhor
planejamento urbanístico, coisa que a maioria das cidades Brasileiras não
possuem para facilitar a logística.
E essa “Ginástica
Logística” como o autor acima nomeia o fato de os caminhoneiros terem que se
adaptar a horários e vias que podem circular com seus caminhões e com suas
mercadorias para entregá-las ao seu destino faz com que encareça ainda mais o
uso desta modalidade logística, pois os horários normalmente são noturnos e
vias não tão utilizadas então tendo que pagar mais para seus funcionários, como
adicional noturno, investimento em mais segurança no próprio caminhão e sem
contar que eles cobram pelas horas paradas que o caminhão fica esperando que
possa transitar nas vias.
Outro
aspecto observado que é necessário investir na qualidade das estradas, não
somente destas, mas também dos aeroportos, e dos portos, pois isso afeta
diretamente no prazo e na qualidade que a mercadoria vai chegar ao seu destino,
ainda mais que o custo não é tão barato, sendo assim o mínimo que se espera é
qualidade e pontualidade.
Para concluir,
observamos que a necessidade da Logística cresce junto com a economia do Brasil,
e para isso é necessário um maior investimento nas vias, nos portos e nos
aeroportos, coisa que ainda não está acontecendo. Às vezes, convém pensar se
realmente é tão importante investir tanto na Copa do Mundo em 2014 no Brasil,
ou em tantas outras coisas, que não trará grandes retornos para o País enquanto
algo que é fundamental que é esse trâmite logístico que traz lucros e benefícios
está sendo tratado de forma insignificante, está certo que já teve grandes
melhorias nesse aspecto, mas ainda faltam muitas para serem realizadas.
Aline da Silva de Ávila – 47230
Estudante de Administração-5º
Semestre/FURG.
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