A
logística, como disciplina relacionada à gestão de negócios, é recente,
entretanto, as atividades que compõem seu foco já são realizadas pelas
organizações desde o inicio da produção em massa. Ela é composta por uma série
de atividades de planejamento, organização, execução e controle envolvendo e
exigindo tecnologia, conhecimento e informação.
A
grande mudança proporcionada pela logística é a integração dessas atividades no
âmbito da empresa, seus fornecedores e seus canais de distribuição, englobando
os fluxos de materiais, informações e seus impactos nos fluxos financeiros.
Logo a logística trata de atividades existentes em qualquer empresa e, por isso
pode ajudá-la a melhorar seus resultados.
Segundo
Cavanha Filho (2001), as empresas ainda operam com inúmeras ineficiências decorrentes
de barreiras que os seus mercados e fornecedores, e os seus próprios
departamentos e instalações, exigem nas autoestradas que conduzem as operações,
aos serviços e aos produtos de alto nível. Em qualquer estágio de produção ou
distribuição, estoques ociosos ou parados representam um desperdício do capital
disponível da empresa, portanto, tais estoques precisam ser constantemente reduzidos
até chegar ao movimento quase contínuo. Segundo Bertaglia (2003), a meta de
nível de serviço logístico é providenciar bens ou serviços corretos, no lugar
certo, no tempo exato e na condição desejada ao menor custo possível. Isso por
meio de transportes, manutenção se estoques, processamento de pedidos e de
várias atividades de apoio adicionais.
No
contexto estratégico, segundo Cordeiro (2007), o papel da logística consiste em
contribuir para que a empresa consiga maximizar o valor entregue ao cliente. O
valor agregado pela empresa pode ser medido pela diferença entre a receita
total incorrida para obtê-la, incluindo os custos de oportunidade. De forma
geral, as medidas de desempenho logístico podem ser divididas em duas
categorias: nível de serviço e custos logísticos. Ainda na perspectiva de
Cordeiro (2007), um elevado nível de serviço leva o cliente a perceber um
aumento do valor líquido recebido. Por exemplo, quanto menor o tempo de entrega
de um produto a partir do pedido do cliente, maior será o valor de uso do
produto e, ao mesmo tempo, menor será o sacrifício percebido pelo cliente na
sua aquisição. Pelo lado da empresa, melhorias nos indicadores de nível de
serviço tendem a vir acompanhadas por incrementos nas receitas obtidas devido a
aumentos das vendas ou dos preços cobrados. Por outro lado, os custos
logísticos dizem respeito aos custos incorridos pela empresa para proporcionar
determinado nível de serviço a certos clientes ou mercados. Esses custos
incluem os gastos com transporte, armazenagem, manutenção de estoques e de
processamento de pedidos. Melhoria de desempenho nesta categoria representa um
maior valor agregado pela empresa devido às reduções das despesas totais. Além
disso, baixos custos logísticos também podem permitir que uma empresa cobre um
preço menor, dentro de uma proposta de valos do tipo “o mesmo por menos” e
acabe aumentando sua receita (CORDEIRO, 2007).
Com
o mercado cada vez mais competitivo, as empresas não podem ficar atrasadas
tecnologicamente perante seus concorrentes, tendo que manter um padrão de igual
a melhor, pois reconquistar seus clientes é muito mais difícil que
conquistá-los. Com isso grande parte das empresas já tem consciência que a
qualidade dos processos logísticos representa um considerável fator de sucesso
para seus negócios. Portando, a logística é vital para a economia e para a
empresa individual, constituindo-se num fator-chave para incrementar o comercio
regional e internacional. Sistemas logísticos eficientes e eficazes significam
melhor padrão de vida para fornecedores e clientes.
Referências:
BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento
da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva 2003.
CAVANHA
FILHO, A. O. Logística: novos modelos. Rio de Janeiro:
Qualitymark,
2001.
CORDEIRO,
J. V. B. de M. A logística como ferramenta para a melhoria
do
desempenho em pequenas empresas. Disponível em:
<http://www.fae.
edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v8_n1/rev_fae_v8_n108vicente.pdf>.
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