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quarta-feira, 11 de abril de 2012

A crise dos transporte e a nova logística

Bem, começo minha postagem trazendo uma notícia que para muitos pode ser a solução dos problemas que enfrentamos no transporte de cargas. 

Governo prepara plano nacional de logística

O Ministério dos Transportes e a Secretaria Especial de Portos (SEP) preparam o lançamento do Plano Nacional de Logística Integrada (PNLI), que vai analisar de forma conjunta os projetos de investimento nos portos, rodovias, ferrovias e hidrovias em um horizonte até 2030.


Um dos objetivos do plano é garantir maior eficiência ao sistema de transporte e, assim, reduzir custos logísticos. "Estamos conversando há dois meses com o Ministério dos Transportes para ter um Plano Nacional de Logística Integrada. Não podemos melhorar os portos sem olhar para trás, ou seja, ver o sistema de acesso terrestre aos portos, incluindo as hidrovias", disse José Leônidas Cristino, ministro da SEP.


A proposta vai reunir dois planos já existentes: o Plano Nacional de Logística de Transportes (PNLT) e o Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP). Cristino disse que o objetivo da iniciativa é garantir maior eficiência ao sistema logístico para atender ao crescimento do comércio exterior brasileiro.


A análise passa por formas de conseguir equilibrar a matriz de transporte, hoje muito concentrada nas rodovias. Cristino disse que o transporte pelas estradas representa quase 60% das cargas no país, enquanto as ferrovias respondem por 25% e a navegação de cabotagem por cerca de 13%.O restante é feito via aérea e por dutovias, disse o ministro da SEP.


Para modificar esse quadro, será preciso investir mais em outros modais além do rodoviário, como é o caso da cabotagem e das hidrovias. O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, disse que o Plano Nacional de Logística de Transportes olha cenários de médio e longo prazo e identifica o que é necessário fazer.


"Parte do que precisa ser feito até 2030 já está sendo executado e está abrigado no PAC `Programa de Aceleração do Crescimento'", disse Passos. Ele acrescentou que parte das ações previstas no Plano Nacional de Logística Portuária também já está em curso.


"Esses planos são portfólios de projetos, de oportunidades, que indicam o que é preciso fazer." Passos afirmou que os planos podem envolver investimentos públicos e privados. Apenas o PNLT tem um conjunto de investimentos mapeados que somam mais de R$ 300 bilhões até 2030.


O PNLP está sendo concluído e prevê investimentos de cerca de R$ 25 bilhões. Ainda não está definido o volume de investimentos no novo plano nem quando ele será lançado. 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1074167-governo-prepara-plano-nacional-de-logistica.shtml publicado em 11/04/2012.

Creio realmente que será um enorme avanço a realização desse projeto, mas enquanto ele não vem, e parando um pouco para pensar no caso da crise vivida a pouco tempo pela cidade de São Paulo, que devido a restrições de circulação de caminhões em determinados horários e vias, a cidade ficou desabastecida de combustíveis, sabe-se que o problema raiz nesse caso são os congestionamentos, problema crônico das regiões metropolitanas.
A construção de novas vias, duplicações e investimentos em transporte público nunca são ao mesmo ritmo que a população e as necessidades demandam. Agora vocês devem se perguntar, e então, o que pode ser feito para mudar isso, sem ter que somente esperar por ações públicas para solução desses problemas? Bem, aí cabe a nós, Administradores pensar e agir!

Buscando algumas possibilidades e alternativas para esse problema achei uma publicação interessante e me apropriei aqui de algumas idéias do José Roberto Ferro (Presidente e fundador do Lean Institute Brasil), que fala numa mudança dos conceitos logísticos das empresas.

A logística ou movimentação de bens e materiais é uma atividade que não agrega valor. Um produto não muda as suas características ou ganha valor se for transportado mais longe ou mais vezes.

Ele comenta também que se olharmos nas nossas ruas, avenidas e estradas e, um pouco além, nos acessos as nossas empresas, quer sejam industriais ou de serviços, notamos uma enorme quantidade de caminhões subutilizados ou mesmo sem carga, rodando por nossas vias congestionadas, ou então caminhões parados, esperando para carregar ou descarregar.

O setor automobilístico tem sido o pioneiro ao adotar cada vez mais os conceitos da logística lean. Ao mesmo tempo em que os custos totais diminuem, os estoques diminuem e há uma melhor utilização do uso dos equipamentos de transportes.

Pode parecer paradoxal um sistema que sugere que se transporte com maior frequência em lotes menores de itens, e ao mesmo tempo isso significa uma melhor utilização dos recursos. A mentalidade dominante sugere que quanto maiores os volumes transportados, maior a eficiência. E procura manter elevados estoques para garantir um bom atendimento. O sistema tradicional não consegue nem um, nem o outro. Conceito antigo, a ser superado. A logística lean utiliza os conceitos de fluxo contínuo, como em um rio, para entregar produtos na hora certa e na quantidade certa. Com baixos estoques, alto nível de entrega e satisfação dos clientes e baixos custos totais.

Finalizo aqui minha postagem e espero ter contribuído com esse tema que achei bem atual e critico.

Fontes: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1074167-governo-prepara-plano-nacional-de-logistica.shtml
http://epocanegocios.globo.com/
http://www.lean.org.br/o_que_somos.aspx

Autor: Sílvio Rauber
Graduando do 5º Semestre de Administração na FURG

11/04/2012

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